por
João Pires da Cruz
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Quando há quase 3 anos decidi enveredar por um doutoramento em Física para enriquecer a minha formação científica, tinha a ideia de que os meus colegas mais novos (20 anos mais novos!...) recorrem a um apoio financeiro vulgarmente conhecido por bolsa.
Pensei que não seria justo que eu recebesse esse tipo de apoio monetário, atendendo que os meus rendimentos, apesar de não serem fixos, serem algo superiores àquilo que os meus colegas recebem. No entanto, achei-me no direito de receber pelo mesmo preço os serviços associados, isto é, que me fosse atribuída uma bolsa em que as propinas fossem cobertas, bem como as deslocações a conferências para apresentação dos trabalhos. E, para tal acontecer, recorreria àquilo a que se chama de “doutoramento em ambiente empresarial” (se não é exactamente este o nome, será qualquer coisa com esse significado). E decidi pedir aos serviços da empresa que investigassem nos organismos responsáveis os passos para aceder a essas bolsas.
Passados uns dias, os serviços da empresa disseram-me que para os organismos oficiais me concederem a honra de acesso a candidatar-me à bolsa, eu teria que fazer um acto público de renúncia à gerência da empresa. Perante tal imbecilidade, ataquei o mensageiro dizendo que de certeza que tinham entendido mal. O que é que tem a ver o facto de ser accionista ou gerente de uma empresa com o facto de querer tirar um doutoramento? Porque é que o serviço não me era prestado da mesma forma que era prestado aos meus colegas mais novos se nem sequer estava a pedir dinheiro para mim? A verdade, é que foram os organismos oficiais que informaram a empresa de que isso seria assim e até apontaram o artigo da lei que diz exactamente que pessoas ligadas aos órgãos de gestão da empresa não poderiam aceder às bolsas de doutoramento na empresa.
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Quando há quase 3 anos decidi enveredar por um doutoramento em Física para enriquecer a minha formação científica, tinha a ideia de que os meus colegas mais novos (20 anos mais novos!...) recorrem a um apoio financeiro vulgarmente conhecido por bolsa.
Pensei que não seria justo que eu recebesse esse tipo de apoio monetário, atendendo que os meus rendimentos, apesar de não serem fixos, serem algo superiores àquilo que os meus colegas recebem. No entanto, achei-me no direito de receber pelo mesmo preço os serviços associados, isto é, que me fosse atribuída uma bolsa em que as propinas fossem cobertas, bem como as deslocações a conferências para apresentação dos trabalhos. E, para tal acontecer, recorreria àquilo a que se chama de “doutoramento em ambiente empresarial” (se não é exactamente este o nome, será qualquer coisa com esse significado). E decidi pedir aos serviços da empresa que investigassem nos organismos responsáveis os passos para aceder a essas bolsas.
Passados uns dias, os serviços da empresa disseram-me que para os organismos oficiais me concederem a honra de acesso a candidatar-me à bolsa, eu teria que fazer um acto público de renúncia à gerência da empresa. Perante tal imbecilidade, ataquei o mensageiro dizendo que de certeza que tinham entendido mal. O que é que tem a ver o facto de ser accionista ou gerente de uma empresa com o facto de querer tirar um doutoramento? Porque é que o serviço não me era prestado da mesma forma que era prestado aos meus colegas mais novos se nem sequer estava a pedir dinheiro para mim? A verdade, é que foram os organismos oficiais que informaram a empresa de que isso seria assim e até apontaram o artigo da lei que diz exactamente que pessoas ligadas aos órgãos de gestão da empresa não poderiam aceder às bolsas de doutoramento na empresa.