quarta-feira, 8 de maio de 2013

Deve Portugal sair do Euro?

por
Luis Castela Jacques
_____________________________________________________________

Assisti à Intervenção do Prof. João Ferreira do Amaral, no Museu do Oriente a 26 de Março de 2012, onde defendeu a saída ordenada de Portugal do Euro.

De um ponto de vista teórico e conceptual fazia sentido a sua abordagem, da saída ordenada de Portugal do Euro, mas tinha alguns problemas. O primeiro, os nossos parceiros europeus do Euro tinham de aceitar pagar essa saída ordenada, pois teria custos enormes para não haver perdas do Estado, dos bancos, das empresas e dos cidadãos. O segundo, com a desvalorização da moeda os produtos importados passavam a valer o dobro, pelo que poderia haver racionamento de combustíveis e falta de produtos alimentares. O terceiro, implicava um empobrecimento definitivo da classe média que não poderia, tão cedo, voltar a viajar para o estrangeiro. Voltarmos a ter uma desvalorização da moeda, inflação e juros altos não é nada que eu deseje para Portugal.

Assisti à intervenção do Dr. Vítor Bento "A crise do Euro - uma perspectiva" na

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Diversificar para investigar

por
João Pires da Cruz
_____________________________________________________________


Quando há quase 3 anos decidi enveredar por um doutoramento em Física para enriquecer a minha formação científica, tinha a ideia de que os meus colegas mais novos (20 anos mais novos!...) recorrem a um apoio financeiro vulgarmente conhecido por bolsa.

Pensei que não seria justo que eu recebesse esse tipo de apoio monetário, atendendo que os meus rendimentos, apesar de não serem fixos, serem algo superiores àquilo que os meus colegas recebem. No entanto, achei-me no direito de receber pelo mesmo preço os serviços associados, isto é, que me fosse atribuída uma bolsa em que as propinas fossem cobertas, bem como as deslocações a conferências para apresentação dos trabalhos. E, para tal acontecer, recorreria àquilo a que se chama de “doutoramento em ambiente empresarial” (se não é exactamente este o nome, será qualquer coisa com esse significado). E decidi pedir aos serviços da empresa que investigassem nos organismos responsáveis os passos para aceder a essas bolsas.

Passados uns dias, os serviços da empresa disseram-me que para os organismos oficiais me concederem a honra de acesso a candidatar-me à bolsa, eu teria que fazer um acto público de renúncia à gerência da empresa. Perante tal imbecilidade, ataquei o mensageiro dizendo que de certeza que tinham entendido mal. O que é que tem a ver o facto de ser accionista ou gerente de uma empresa com o facto de querer tirar um doutoramento? Porque é que o serviço não me era prestado da mesma forma que era prestado aos meus colegas mais novos se nem sequer estava a pedir dinheiro para mim? A verdade, é que foram os organismos oficiais que informaram a empresa de que isso seria assim e até apontaram o artigo da lei que diz exactamente que pessoas ligadas aos órgãos de gestão da empresa não poderiam aceder às bolsas de doutoramento na empresa.

terça-feira, 23 de abril de 2013

A Luz e a Bengala! – Novo Ensaio sobre a Cegueira

por
Henrique Gomes
__________________________________________________________


A propaganda e o lobby dos grandes operadores e o silêncio do Governo, igualmente ensurdecedor, têm assegurado os privilégios do sector eléctrico.
Esses privilégios traduzem-se em rendas e tarifas excessivas, financeiramente insustentáveis, económica e socialmente ilegítimas e, no caso das rendas, ilegais. Politicamente, são um desastre.
A complexidade e dureza da crise em que mergulhámos potenciam a nossa desorientação e o alastrar da cegueira. Sem lideranças que não nos guiam e sem confiança, ficámos cegos e encadeados pela Luz branca manipulada pelos vários poderes organizados.
Sem referências, submersos por informação que não compreendemos, deixámos temporariamente de poder ver, mas pressentimos e sempre poderemos enxergar.
A Luz e a Bengala.
Para procurarmos pistas do que está a acontecer no sector, pegámos na bengala branca para tactear o caminho dos Relatórios e Contas 2012 do operador dominante do sector: o Grupo EDP e da sua sub-holding EDPR (renováveis).

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Por um Estado Social sustentável

por
Luís Castela Jacques

_____________________________________________________________

Basta de hipocrisia, demagogia, meias-verdades, mentiras e má-fé de quem mais parece interessado que Portugal siga o caminho da Grécia e peça um segundo resgate!

Ninguém quer o fim do Estado Social. O que se pretende é que seja sustentável. Com este nível de despesa, tendo em conta a nossa riqueza actual, não o é!

O meu Pai foi um Servidor do Estado, Oficial Superior do Exército, a minha Mãe tem uma pensão de sobrevivência e tenho irmãos/cunhadas, primos e amigos que são Funcionários Públicos. Eu nasci e cresci sob a protecção do Estado, estudei na escola pública e na universidade pública. Os meus filhos nasceram nos hospitais públicos e estudaram na escola pública e na universidade pública.

terça-feira, 16 de abril de 2013

O Mito da virtude da Despesa Pública como dinamizadora do crescimento da economia

por
António Pinho Cardão

_____________________________________________________________

Se a despesa pública fosse virtuosa, com o nível a que chegou, seríamos um país rico.
Continuam muitos, e nomeadamente os mentores da Agenda para o Crescimento, a insistir na virtude da despesa pública como dinamizadora da economia. Todavia, neste momento e em Portugal, a verdadeira questão é que o nível atingido pela despesa pública não só não traz qualquer incremento à actividade económica como, pelo contrário, constitui um dos maiores entraves ao seu desenvolvimento. Esgotadas que estão as possibilidades de endividamento, o nível actual da despesa pública implica a apropriação excessiva pelo Estado de meios financeiros gerados pelos agentes económicos, com reflexos negativos na economia: diminuição da capacidade de investimento na aquisição de novos equipamentos e tecnologias, na inovação, na reestruturação e organização empresarial, em novas estratégias de marketing, ou na formação do pessoal, entre outras.
Aliás, pretender financiar a despesa com mais impostos é atitude estúpida, já que a carga fiscal atingiu um ponto em que aumentos de taxas provocam diminuição da receita.
Além disso, em conjunturas de escassez de fundos, o desvio de valores avultados para o financiamento da despesa pública acaba por estrangular o acesso ao crédito para a actividade normal das empresas.
Neste contexto, é mais um mito dizer que elevar o nível da despesa pública favorece o crescimento; não favorece, como o presente bem demonstra. Aumentar a despesa é retomar o veneno que nos levou à actual situação.
Aliás, trata-se mesmo de uma impossibilidade, porque não há quem a pague, interna ou externamente.
Se a despesa pública fosse virtuosa, seríamos um país rico e imunes à crise. Contudo, a situação é a contrária.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O objectivo e o meio

por
João Pires da Cruz
_____________________________________________________________

Se o estado cobrasse um euro por cada vez que alguém diz que a redução da despesa deve ser estudada primeiro, porque há despesa boa e má, certamente a questão da dívida já estava resolvida. Isto porque os meus amados concidadãos insistem em confundir o objectivo, com o meio.

Se há função do estado com que (quase) todos concordamos é na protecção dos cidadãos mais fracos e, dentro desta, a entrega de educação aos mais novos é algo relativamente consensual. Repetindo para dar mais ênfase, a entrega de educação aos mais novos. Não é pagar professores, não é dar dinheiro aos pais, não é financiar escolas. É entregar educação aos mais novos.

Nesse sentido, parece-me algo absurdo dizer-se que reduzir o orçamento da educação é atacar as funções do estado. Na verdade, o que é atacar as funções do estado é entregar menos educação, não é pagar menos. Como digo muitas vezes entre os meus amigos, podemos passar a investir o dobro em educação já amanhã, basta reduzir os salários dos professores para metade e contratar outros tantos (passo o exagero da imagem).

quinta-feira, 11 de abril de 2013

UM MANIFESTO POR UMA SOCIEDADE CIVIL FORTE

por
Cardoso da Silva
_____________________________________________________________

A Sociedade civil é a base de todas as relações, económicas, culturais, sociais e ideológicas, de onde emanam os conflitos que demandam soluções políticas e, ao mesmo tempo, de onde emanam alternativas para a solução de conflitos surgidos na órbita política. É parte de um todo, voltado ao bem-estar comum.
Da mesma forma, a Sociedade civil organizada é a parcela da sociedade que se constitui e se organiza atuando como força política na procura de soluções para os conflitos e crises sociais. É a estrutura moldando-se em superestrutura para defender interesses da maioria, ou mesmo parciais, atuando em conjunto com o Estado e as forças de mercado, na ‘busca maior’, qual seja, a de uma melhor simbiose com a própria Sociedade civil.
“UM FUTURO MELHOR PARA PORTUGAL” é um movimento com essa finalidade, contribuir por todos os meios, para o estudo, diagnóstico e promoção económica e social de Portugal.